quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A SAÚDE DO HOSPITAL TEM QUE SER... PARTE III

O jornalista e advogado Júlio César de Lima Prates postou, em seu blog, uma contestação muito inteligente a cerca do despretensioso artigo que publiquei sobre necessidade de preservação do nosso Hospital de Caridade dos contenciosos destrutivos, como os que estão ocorrendo com maior intensidade na mídia virtual e, também, através de demandas judiciais na Comarca de Santiago.

Nas minhas avaliações de cidadão responsável e preocupado com o fortalecimento da instituição de saúde, identifiquei como causas principais determinantes do clima de animosidade existente, o comportamento social mais exigente, a frustração de expectativas por serviços de saúde aquém do esperado e propagandeado e a postura do administrador  com foco no paciente-eleitor potencial.

O ilustre sociólogo e causídico, Júlio Prates, na sua postagem em defesa do amigo administrador e na tentativa de desviar o foco da questão central que abordei nas minhas duas postagens sobre a saúde da instituição hospitalar, politiza o debate entre oposição e situação, avançando para o terreno das estratégias, arranjos e conchavos partidários para quebrar a hegemonia pepista em Santiago, em futuros pleitos municipais.

Não deixa de ser uma ideia brilhante do dr. Júlio que, inegavelmente é o melhor analista político da região, atrair um importante quadro partidário da situação (PP) - o atual administrador do Hospital, provocando mais um racha no PP para, assim, fortalecer a "causa oposicionista". Aduzindo, ainda, de que eu talvez não tivesse lido a Arte da Guerra, de Sun Tzu, e, talvez por isso tenha errado ao questionar a possível militância política do administrador do Hospital. No caso presente, seria irrelevante ter ou não lido a obra, pois a minha preocupação não teve o condão de fazer uma crítica política ao poder dominante e tão somente reafirmar que o HCS, por ser uma entidade filantrópica e essencial à vida das pessoas de todas as idades, crenças e princípios, tem que ficar, sempre, à margem das idiossincrasias e da mesquinhez do processo político-partidário local.

Na verdade, dr. Júlio, eu li a obra citada, e sou obrigado a fazer uma confissão, o livro me foi emprestado pelo dr. Nelson Goelzer Filho, há muitos anos, tem o número 1254, do registro de sua biblioteca particular. Embora conste na sobrecapa a data de devolução, isso ainda não ocorreu... todavia pretendo devolvê-lo e ser perdoado pelo dr. Nelson, bem como obter anistia do "crime de lesa-biblioteca", pelo transcurso do prazo prescricional. 

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