quarta-feira, 31 de julho de 2013

OPOSIÇÃO UNIDA: UM SONHO DISTANTE?

"OPOSIÇÃO SANTIAGUENSE: 

Somente a união de todos é que dá força

Conclamo aos líderes dos partidos oposicionistas a atual administração do PP de Santiago, para que marquemos uma reunião a fim de discutir um plano para a eleição 2016, onde devemos todos estar unidos para enfrentar o atual sistema.

Está na hora de passarmos uma régua em tudo que aconteceu no passado e começarmos do zero nas tratativas políticas para o pleito que teremos daqui há 2,3 anos.

Sem rancor vamos sentar a mesa PDT, PT, PPL, PSDB, PMDB ... e com inteligência montarmos estratégias para a mudança que tanto a queremos para a nossa Santiago."

Fonte: http://itacirflores.blogspot.com.br

Meu comentário:

Encontrei essa postagem no Blog do cel. Itacir Flores, suplente da bancada de vereadores eleita pela coligação PMDB, PSDB e PTB, conclamando as lideranças dos partidos de oposição a fim de discutirem um plano de ação para as eleições municipais de 2016, que ocorrerão somente após o evento eleitoral de 2014, quando serão eleitos deputados estaduais e federais, senador, governador e presidente da República, em nosso país.

A ideia é boa, mas eivada de romantismo político para estes tempos de mudanças e transformações singulares na forma de pensar e agir do povo brasileiro. Acreditar que os atuais dirigentes partidários locais, que se situam no campo oposicionista, vão promover qualquer articulação política e programática para enfrentar o conservadorismo continuísta que se perpetua em Santiago, há tanto tempo, é beirar a ingenuidade em não lembrar do comportamento de nossas lideranças ditas oposicionistas nos últimos pleitos.

Em primeiro lugar, as atitudes e ações partidárias locais estão atreladas e balizadas ao que vai acontecer em 2014 com os partidos locais ditos de oposição, com expressão estadual. Quem coliga com quem? Essa é a resposta de que precisamos para então pensar em se construir um arremedo de oposição em Santiago. Hoje, a meu juízo, é absolutamente improvável!

Num rápido exercício de futurologia, em 2014, PT, PPL, PTB estarão unidos no bloco de propugnará pela reeleição do governador Tarso Genro. O PMDB, seguramente, terá candidatura própria, com Rigotto ou José Ivo Sartori e poderá se coligar com o PDT. Este, por sua vez, também poderá fazer parte do bloco tarsista. O PP, com a candidatura da senadora Ana Amélia Lemos, praticamente consolidada, poderá contar com a adesão do PSDB. 

Embora o PSDB, teoricamente, possa se coligar com o PMDB, na prática constato que as correntes internas majoritárias apontam a coligação com o PP, como a mais provável, pois além do potencial eleitoral de Ana Amélia ser considerável, há uma outra variável que tem peso na decisão - no caso de sua eleição para o governo do Estado, a sua vaga no Senado seria automaticamente ocupada por José Alberto Wenzel, primeiro suplente indicado pelo PSDB, que também já exerceu o cargo de secretário Estadual do Meio Ambiente.

As dificuldades começam na falta de diálogo entre os dirigentes partidários e se consubstanciam na Câmara de Vereadores, onde os seis parlamentares eleitos no espectro oposicionista atuam absolutamente desarticulados e autônomos nas suas relações institucionais e políticas intrapartidos e com o Poder Executivo Municipal.

A única alternativa que vislumbro, no presente, é a de formar um grupo de pessoas independentes e autônomas nas suas formas de pensar, ser e agir, para constituírem de forma suprapartidária um fórum para discutir os rumos e o futuro de nossa terra. Todavia, tendo a cautela de não aceitar a intromissão e a tutela de qualquer partido político isoladamente. Receber o apoio e sugestões dos partidos de oposição, sim! Mas controle e direcionamento de suas discussões, não! 

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