quarta-feira, 3 de abril de 2013

COTRIJUÍ - ARMAZÉNS GERAIS - AUTOLIQUIDAÇÃO?!


No dia 1º de abril, em meu blog, manifestei preocupação com relação a modalidade de recebimento da safra de soja, que seria adotada pela Cotrijuí, segundo as declarações à mídia do presidente da Cotrijuí, Vanderlei Fragoso, conforme trecho da postagem que transcrevo, abaixo:


A CRISE NA ARMAZENAGEM  - II 

"Certamente que a Cotrijuí mantém devidamente formalizados os registros nos órgãos competentes das diversas unidades de recebimento e armazenagem, alugadas e de sua propriedade. Essa modalidade de armazenagem - Nota Fiscal do Produtor emitida para depósito em próprio nome, na Unidade de Armazenagem, assim reconhecida legalmente com Armazém Geral - descaracteriza o Ato Cooperativo, procedimento normal nas relações comerciais entre cooperativa e cooperado. Portanto, o simples depósito da safra nesta condição passa a ser uma transação igual a de um produtor não associado..." 

Ocorre que, hoje, 3 de abril, o Jornal da Manhã, de Ijui (RS), em manchete de capa, diz que o presidente Vanderlei Fragoso, da Cotrijuí, admite que a saída para oferecer segurança jurídica para os associados, não seria o depósito da safra na condição de armazém geral. pois o órgão oficial de registro, a Junta Comercial do Rio Grande do Sul não autoriza essa modalidade, sem antes a Cooperativa cumprir todos procedimentos legais exigidos pela legislação Federal.

Leia a íntegra da reportagem do Jornal da Manhã, que transcrevo abaixo:  

\\ JORNAL DA MANHÃ \ Rural

Presidente Fragoso avalia autoliquidação da Cotrijui hoje

Representantes de entidades ruralistas estiveram presentes no encontro que reuniu associados
Representantes de entidades ruralistas estiveram presentes no encontro que reuniu associados
Publicada em 03/04/2013.

Após confirmar ao Grupo JM de Comunicação na última sexta-feira que a Cotrijui estava apta a receber a soja na modalidade Armazém Geral, e reiterar a informação no programa Informativo Cotrijui do último domingo, o presidente Vanderlei Fragoso afirmou  ontem à noite que a Cotrijui não recebeu autorização para atuar nessa modalidade.
Segundo o presidente, ele recebeu na tarde de segunda-feira a informação de que a Junta Comercial do Rio Grande do Sul (Jucergs) havia baixado o processo para exigência, negando a autorização para atuar na modalidade de Armazém Geral.
Após confirmar que a Cotrijui não estará recebendo nesta modalidade, o presidente solicitou que o produtor não entregue a soja para Armazém Geral, afirmando ser um risco, já que este sistema de comercialização está descartado.
"Nós tínhamos feito o protocolo na última terça-feira, e na quarta-feira passada o presidente da Ocergs nos disse que poderíamos anunciar a modalidade. Mas, nesta segunda-feira, às 18h, fomos comunicados pela Jucergs de que o processo havia baixado para exigência. E, hoje, uma equipe esteve em Porto Alegre se certificando das exigências para que a cooperativa pudesse atuar nessa modalidade", explica o presidente. "Na verdade, são muitas exigências, como plantas, laudos de corpo de bombeiros. Nossos armazéns já estavam cadastrados, o que faltava era uma atualização do fiel depositário. Por isso, a gente vê com uma certa surpresa essa exigência. Só que nós não vamos ter condições em tempo hábil de solicitar ao Corpo de Bombeiros que percorra todas as nossas unidades para emitir um laudo", afirma.
Fragoso definiu a situação como extremamente complicada, e quando questionado sobre qual a maneira segura do produtor entregar sua safra a partir de agora, ele anunciou que a diretoria reúne-se hoje pela manhã para definir os novos rumos, anunciando, inclusive, que uma autoliquidação não está descartada, se esta for a última saída.
"É um encaminhamento que, como disse o presidente da Ocergs, seria uma alternativa para dar segurança ao produtor. E, tudo aquilo que for para dar segurança ao produtor, que a cooperativa possa funcionar dentro de uma normalidade, da minha parte não há objeção", afirma. "Eu, particularmente, não fiz nenhuma análise disso, apenas sei que ocorreu com a Cotrimaio isso."
Para a autoliquidação, Fragoso explica que o presidente autoliquidante deve ser escolhido pela diretoria: "Eu, particularmente, digo que não serei eu", conta, ressaltando que pela delicadeza do assunto, uma decisão não deve ser anunciada hoje.
Com toda essa reviravolta nos rumos da cooperativa, o clima de insegurança sentido pela manhã deve aumentar, também nas entidades.

Após confirmar ao Grupo JM de Comunicação na última sexta-feira que a Cotrijui estava apta a receber a soja na modalidade Armazém Geral, e reiterar a informação no programa Informativo Cotrijui do último domingo, o presidente Vanderlei Fragoso afirmou  ontem à noite que a Cotrijui não recebeu autorização para atuar nessa modalidade.
Segundo o presidente, ele recebeu na tarde de segunda-feira a informação de que a Junta Comercial do Rio Grande do Sul (Jucergs) havia baixado o processo para exigência, negando a autorização para atuar na modalidade de Armazém Geral.

Após confirmar que a Cotrijui não estará recebendo nesta modalidade, o presidente solicitou que o produtor não entregue a soja para Armazém Geral, afirmando ser um risco, já que este sistema de comercialização está descartado.

"Nós tínhamos feito o protocolo na última terça-feira, e na quarta-feira passada o presidente da Ocergs nos disse que poderíamos anunciar a modalidade. Mas, nesta segunda-feira, às 18h, fomos comunicados pela Jucergs de que o processo havia baixado para exigência. E, hoje, uma equipe esteve em Porto Alegre se certificando das exigências para que a cooperativa pudesse atuar nessa modalidade", explica o presidente. 

"Na verdade, são muitas exigências, como plantas, laudos de corpo de bombeiros. Nossos armazéns já estavam cadastrados, o que faltava era uma atualização do fiel depositário. Por isso, a gente vê com uma certa surpresa essa exigência. Só que nós não vamos ter condições em tempo hábil de solicitar ao Corpo de Bombeiros que percorra todas as nossas unidades para emitir um laudo", afirma.

Fragoso definiu a situação como extremamente complicada, e quando questionado sobre qual a maneira segura do produtor entregar sua safra a partir de agora, ele anunciou que a diretoria reúne-se hoje pela manhã para definir os novos rumos, anunciando, inclusive, que uma autoliquidação não está descartada, se esta for a última saída.

"É um encaminhamento que, como disse o presidente da Ocergs, seria uma alternativa para dar segurança ao produtor. E, tudo aquilo que for para dar segurança ao produtor, que a cooperativa possa funcionar dentro de uma normalidade, da minha parte não há objeção", afirma. "Eu, particularmente, não fiz nenhuma análise disso, apenas sei que ocorreu com a Cotrimaio isso."

Para a autoliquidação, Fragoso explica que o presidente autoliquidante deve ser escolhido pela diretoria: "Eu, particularmente, digo que não serei eu", conta, ressaltando que pela delicadeza do assunto, uma decisão não deve ser anunciada hoje.

Com toda essa reviravolta nos rumos da cooperativa, o clima de insegurança sentido pela manhã deve aumentar, também nas entidades. 

Nenhum comentário: