quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Para 'Economist', divisas do pré-sal podem ser 'maldição'

[Um artigo na edição desta semana da revista britânica The Economist afirma que a exploração das reservas pré-sal pode se transformar em uma "maldição".

O artigo afirma que a preocupação é que "o dinheiro seja gasto hoje e não poupado ou investido, inchando ainda mais um Estado cujos gastos equivalem a 36% do PIB, comparado com 20% do México."

A proposta de criação da Petro-Sal, empresa designada para representar os interesses do Estado na exploração do pré-sal, também preocupa. "Em tese, ela deveria ser uma entidade pequena, composta por técnicos. Na prática, ela pode inchar, especialmente se controlada por políticos que a podem abarrotar de aliados."

A revista ressalta que gastar bem o dinheiro gerado pelas reservas significa um "problema agradável" para o Brasil e que a nação "está em melhores condições de fazer isto do que muitos países".

"Dependendo de como for usada, esta nova riqueza pode ajudar o país a superar a pobreza e o subdesenvolvimento, ou exagerar seus hábitos gastadores."

"Qualquer um que esteja acompanhando os recentes escândalos de corrupção no Congresso brasileiro sabe que os legisladores do país são capazes deste tipo de desastre", afirma o artigo publicado nesta quinta-feira.]

A preocupação do Economist aguça a minha imaginação e me leva a fazer o seguinte questionamento: O Brasil alcançará a condição de país desenvolvido, com justiça social e oportunidades iguais para todos os brasileiros, em decorrência da exploração do petróleo na camada do pré-sal? Ou o Governo Federal está antecipando e superdimensionado os ganhos econômicos e sociais advindos do petróleo "pressálico" com objetivos eleitorais imediatos?

É bom lembrar que eleições ocorrerão em 2010 e a exploração do petróleo pressalino ainda vai demorar muitos anos para acontecer. As reservas do pré-sal foram descobertas em 2007.

Fonte : BBC Brasil

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